segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pregando no meio do mato

Ontem fomos a um culto num lugar que fica há uns 80 km daqui, mais ou menos, chamado Ndongue. É um ponto de pregação que o irmão do Dr. Foster e a esposa dirigem uma vez por mês. É na beirada de uma estradinha de terra e realmente não tem nada, só uns galhos de madeira em cima de umas torinhas, que quebram a toa, debaixo de uma árvore. O Du pregou e um homem traduziu prá língua do pessoal (acho que o nome da língua é Olungambo). Encontramos com os sobrinhos do Dr. Foster na beira da da estrada principal e fomos seguindo a caminhonete deles que estava lotada de gente. Eles moram numa fazenda a umas quatro horas daqui. Os pais estão na Namíbia, então eles convidaram o Dr. Foster prá pregar. Como ele viajou, o Du se ofereceu prá pregar no lugar dele. O problema é que não sabíamos direito se tinha igreja ou não. Aí, apesar dos meus avisos de que podia ser simplesmente um lugar debaixo de alguma árvore, na beira da estrada, as meninas foram mais arrumadinhas. Uma de vestido e a outra de saia nova. Acho que não teve problema afinal, pois o pessoal estava ali parecendo que com sua melhor roupa, limpos mesmo diante de tanta poeira e dificuldades para se lavar uma roupa.

No início do culto, o galho em que eu e o Du estávamos sentados, quebrou. Aí fui sentar numa cadeira de plástico(um luxo por ali) e o Du ficou em pé. Mais para o final do culto, foi a vez do galho em que os meninos estavam sentados com os sobrinhos do Foster. Terminaram o culto em pé ou sentados em pedras. Toda hora passava um tanto de bois, vacas e bezerros e ainda bodes e cabras. As vacas tinham sininhos no pescoço e passavam fazendo barulho. Uma piada! O Du pregou sobre o texto do filho pródigo. Quando tentava perguntar alguma coisa para o povo, ninguém dizia nada. Ele não sabia se era porque estavam com vergonha ou porque não estavam entendendo o que estava sendo perguntado. Tinha também um homem mais velho que levou a própria cadeira e ficou de lado assistindo. Toda hora falava alguma coisa na língua dele, que só o pessoal entendia. Acho que ele era o Soba daquela região. O Soba é uma espécie de chefe tribal. Acho que ele não estava concordando muito com o que o Du falava e ficava resmungando alto. Da próxima vez acho que vamos deixar ele pregar(rsrsrs). Foi uma experiência muito interessante. No final da reunião vieram alguns que estavam no culto para o Du "consultar". Talvez, como sabiam que o Dr. Foster ia estar, apareceram, mas foi bom que ouviram a palavra. Chegamos aqui em casa umas 2 e meia da tarde, mortos de fome e sede e um pouco bronzeados, mas tudo bem, valeu!
Norinha
PS: Depois posto umas fotos desse culto pois a sobrinha do Dr Foster fotografou e ficou de mandar para nós algumas "fotas"

Um comentário:

  1. DU Saudades dimais de você e de sua Familia CARA! ESTAMOS JUNTOS nessa! SEMPRE

    TE AMAMOS pastor!

    Abraços Leo Elteque

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