sábado, 23 de outubro de 2010

Dava para recusar?

Uma noite dessas fui com o David para a academia de ginástica. Estou correndo atrás (metaforicamente e literalmente hehehe), depois de ter ganhado uns 6 kg aqui.
Bem, como é comum aqui, muitas vezes estamos sem luz. Assim, na academia havia gerador mas não do lado de fora. Ao sairmos, no escuro, veio um rapaz com um capuz na cabeça e com uma metralhadora e me pediu carona. Pediu de uma maneira tímida, como se eu pudesse recusar. Na verdade era um guarda e estava querendo ir até o quartel. Obviamente não resisti ao seu pedido, apesar de ele dar toda mostra de que não iria usar o instrumento que estava pendurado ao pescoço.
Na viagem conversamos um pouco.
O pessoal aqui é na maioria das vezes pacato, apesar da abundância de metralhadoras que se vê pelas ruas. Até guardinha de buteco tem uma consigo. No entando, a gente não se sente intimidado nas ruas. A violência urbana é quase que inexistente (muito diferente do que acontece no trânsito aqui; uma LOUCURA).
Realmente em termos de violência a gente não fica com saudade do Brasil, onde a coisa é bem pior. É até difícil de pensar como esse povo se matou e mutilou por cerca de trinta anos. Ainda vai demorar para o país se reconstruir (parece mais demorado do que se devia; acho que a corrupção, a pobreza e falta de instrução da grande maioria são entraves fortes) mas pelo menos a paz nesse sentido reina aqui.
Que a paz de Cristo, a Shalom desejada pelos hebreus, que é muito mais do que ausência de guerra ou conflito, e traz restauração completa individual e coletivamente, reine neste país.

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